quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Palíndromos

PALÍNDROMOS



Chamamos de palíndromo a palavra ou frase que pode ser lida/escrita da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda. Este vocábulo é de origem grega. Os elementos palin ( de novo) e dromo ( percurso ) nos dão a ideia de que estas palavras ou frases nos remetem ao mesmo sentido independentemente do inicio do seu trajeto.
Embora as frases palindrômicas pareçam ser a perfeição da simetria e tenham sido consideradas mágicas pelos antigos, muitos as consideram sem importância, visto que em sua maioria, são frases sem muita expressão. Vamos nos divertir um pouco?



PALAVRAS

arara
ovo
Ana
reviver
rir
osso
socos
Bob
reler
sopapos
radar
ele
Oto
raiar
anilina




FRASES


Oi, rato otário!
A base do teto desaba.
A grama é amarga.
Ame o poema.
Anotaram a data da maratona?
A sacada da casa.
E até o Papa poeta é.
Ele padece da pele.
Eva, asse essa ave!
Livre do poder vil.
Erro comum ocorre.
A mala nada na lama.
O Cid é médico.
Adias a data da saída.
A diva em Argel alegra-me a vida.
Assim, a sopa só mereceremos após a missa.
O pó de cocaína mata maníaco cedo, pô!
Socorram-me, subi no ônibus em Marrocos!
Roda esse corpo, processe a dor!
A Daniela ama a lei? Nada!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Variação Linguística

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA



Variação Estilística : Não há falante/escritor que fale/escreva da mesma forma. Temos um estilo próprio, que expressa nosso ponto de vista sobre o mundo e a sociedade; ele é a bagagem que acumulamos com nossas experiências pessoais e únicas.Essas experiências se manifestam no nosso vestuário, andar, comportamento e, lógico, na nossa fala e escrita.
Quando articulamos a fala e a escrita, fazemos mais escolhas da ordem do significado (semânticas) do que escolhas morfológicas ou sintáticas. As seleções pessoais estão interligadas, normalmente, com as situações de uso da língua. Um médico em uma conferência fará escolhas linguísticas diferentes daquelas que usa quando conversa com os filhos.

Variação Sociocultural : Extremamente ligada à variação estilística. Destacam-se os usos diferenciados por faixa etária, principalmente os das crianças, dos jovens (a gíria) e dos idosos (esses com termos e formas que vão caindo em desuso). Os jovens, em busca de sua identidade, costumam criar formas próprias de expressão, transformando o significado dos termos ou criando uma sintaxe própria. Assim, entre os jovens, temos as tribos dos surfistas, dos skatistas, dos rappers, dos mauricinhos, das patricinhas, dos punks, e assim por diante.
Na variação por sexo, o uso do diminutivo, por exemplo, é mais comum na fala das mulheres do que dos homens. Provavelmente, por conta da preocupação de evitar palavras mais afetivas, devido à avaliação social de seu “machismo”.
Outra variação interessante é a de determinados grupos profissionais (jargão). Muitos têm terminologia própria, como advogados, médicos, mecânicos, jogadores, policiais etc. Há ainda os intelectuais, que costumam falar por meio de alusões e citações.

Variação Geográfica : Além da mudança de língua de uma região para a outra do planeta, temos as variações dentro de um mesmo país que fala uma mesma língua. A língua portuguesa mostra diferenças de fala e escrita em Portugal e no Brasil, e mesmo dentro destes países temos regiões que apresentam marcas específicas, principalmente na fala. Essas variações também são denominadas regionalismos, dialetos ou falares locais.
A variação geográfica, diferente das outras citadas, representa fatos sociais de uma determinada região e é interiorizada por todos os falantes, já que sua aprendizagem ocorre, na maioria das vezes, no ambiente familiar e permanece como marca de identidade do grupo social.

Variação Histórica : A língua não se diversifica apenas no espaço social, pessoal ou interpessoal; ela se diversifica também no tempo. Uma variante divulgada por um grupo social em determinada época, pode ser abandonada no transcorrer do tempo, ficando sua marca somente no registro escrito. Palavras, expressões ou construções não mais usadas são denominadas arcaísmos. Já os neologismos são adotados e propagados por grupos sociais e acabam se juntando à língua como variantes aceitas e reconhecidas. Em tempos de tecnologia, palavras vão sendo assimiladas, como os termos específicos da informática, e outras vão adquirindo novos significados.