sábado, 10 de outubro de 2009

Blog Dorado


UAU !!!!!!
Gostaria de agradecer à professora, bióloga e fotógrafa Daniela Torres, de Bragança, no Pará e ao seu Blog LELA ORCA por indicar-me como merecedor do BLOG DORADO. É dorado mesmo, gente, e não dourado.
Lela, muito sucesso a você e ao seu Blog!

Estratégias de Leitura

Como a leitura faz inúmeras solicitações simultâneas ao cérebro, é necessário desenvolver, consolidar e automatizar habilidades muito sofisticadas para pertencer ao mundo dos que lêem com naturalidade e rapidez. Trata-se de um longo e acidentado percurso para a compreensão efetiva e responsiva, que envolve:· decodificação de signos;· interpretação de itens lexicais e gramaticais;· agrupamento de palavras em blocos conceituais;· identificação de palavras-chave;· seleção e hierarquização de idéias;· associação com informações anteriores;· antecipação de informações;· elaboração de hipóteses;· construção de inferências;· controle de velocidade;· focalização da atenção;· avaliação do processo realizado;· reorientação dos próprios procedimentos mentais.Um leitor ativo considera os recursos técnicos e cognitivos que podem ser desenvolvidos para uma leitura produtiva. A leitura não se esgota no momento em que se lê. Expande-se por todo o processo de compreensão que antecede o texto, explora-lhe as possibilidades e prolonga-lhe o funcionamento além do contato com o texto propriamente dito, produzindo efeitos na vida e no convívio com as outras pessoas.Há procedimentos específicos de seleção e hierarquização da informação como:· observar títulos e subtítulos;· analisar ilustrações; · reconhecer elementos para textuais importantes (parágrafos, negritos, sublinhados, deslocamentos, enumerações, quadros, legendas etc.);· reconhecer e sublinhar palavras-chave;· identificar e sublinhar ou marcar na margem fragmentos significativos; · relacionar e integrar, sempre que possível, esses fragmentos a outros; · decidir se deve consultar o glossário ou o dicionário ou adiar temporariamente a dúvida para esclarecimento no contexto;· tomar notas sintéticas de acordo com os objetivos.Há também procedimentos de clarificação e simplificação das idéias do texto como:· construir paráfrases mentais ou orais de fragmentos complexos; · substituir itens lexicais complexos por sinônimos familiares;· reconhecer relações lexicais/ morfológicas/ sintáticas. Utilizamos ainda procedimentos de detecção de coerência textual, tais como:
· identificar o gênero ou a macroestrutura do texto;· ativar e usar conhecimentos prévios sobre o tema;· usar conhecimentos prévios extra textuais, pragmáticos e da estrutura do gênero.Um leitor maduro usa também, freqüentemente, procedimentos de controle e monitoramento da cognição e da atividade mental:· planejar objetivos pessoais significativos para a leitura;· controlar a atenção voluntária sobre o objetivo;· controlar a consciência constante sobre a atividade mental; · controlar o trajeto, o ritmo e a velocidade de leitura de acordo com os objetivos estabelecidos;· detectar erros no processo de decodificação e interpretação; · associar as unidades menores de significado a unidades maiores; · auto-avaliar continuamente o desempenho da atividade; · aceitar e tolerar temporariamente uma compreensão desfocada até que a própria leitura desfaça a sensação de desconforto.Alguns desses procedimentos são utilizados pelo leitor na primeira leitura, outros na releitura. Há ainda aqueles que são concomitantes a outros, constituindo uma atividade cognitiva complexa que não obedece a uma seqüência rígida de passos. É guiada tanto pela construção do próprio texto como pelos interesses, objetivos e intenções do leitor.



DICAS DE LEITURA DINÂMICA


1. Leitura de estudo (250 p.p.m.): Esta é a velocidade adequada para assegurar a compreensão, enfrentando textos complicados ou com vocabulário novo.
2. Leitura rápida (400-800 p.p.m.): Esta é a velocidade ideal para repasses, folhear relatórios, resumos e textos previamente lidos.

· Porque muita gente lê mais devagar do que poderia?

Por causa dos muitos maus hábitos de leitura que aprendemos desde criança. Um hábito é uma atividade repetitiva involuntária. A forma que lemos é um hábito. A boa notícia é que mudar um hábito de leitura é um processo simples, que requer um tempo relativamente curto, e que depende de nossas características particulares e da dedicação. Mais uma vez, a chave é praticar, praticar e praticar de novo!


Estes são alguns dos benefícios de incrementar a velocidade de leitura:


· Os hábitos de leitura que temos que tentar corrigir são:

1. Ler tudo com a mesma velocidade. Alguns textos são mais difíceis de compreender que outros. Temos que saber adaptar a velocidade de leitura ao nível de dificuldade do livro, e também ao propósito da mesma.
2. Ler devagar. Ler devagar fragmenta o material de leitura, ou seja, limita a perspectiva do que foi lido. Ler rápido permite captar conceitos com claridade.
3. Movimentos ineficientes dos olhos. Ao ler, as vezes os olhos tendem a regressar à linha que já foi lida. Também pode ocorrer que quando passamos de uma linha a outra, as vezes temos a tentação de vagar, em vez de passar diretamente à primeira palavra da seguinte linha.
4. Pouca superfície de fixação. Os olhos percebem entre 3 e 4 palavras cada vez que se fixam no texto. Este pequeno número de palavras que vemos é consequência da maneira que nos ensinaram a ler quando crianças: Palavra por palavra. Com treinamento, podemos chegar a ler, de uma só fixação até 12 palavras.
5. Reafirmação auditiva. A reafirmação auditiva consiste em recitar as palavras durante a leitura. Este é um mau hábito adquirido quando o professor nos fazia ler em voz alta, para ter a certeza de que estávamos aprendendo a relação entre as letras e os sons. A chave está em conseguir ler sem "dizer" as palavras, já que ao ler em voz alta limitamos a velocidade de leitura à velocidade da fala, que é muito mais lenta.
6. Distrações. As distrações internas e externas são verdadeiras "assassinas" da compreensão, já que rompem nossa concentração e nos obrigam a ter que reiniciar a leitura várias vezes.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Exercícios sobre Pontuação

Aqui estão algumas orações sem a devida pontuação. O desafio é pontuá-las adequadamente. E Então?

1. Maria toma banho porque sua mãe disse ela dê-me a toalha
2. O pastor come grama a ovelha pasta
3. João foi para casa comer Maria sua mulher depois foi ao shopping


RESPOSTAS

1. Maria toma banho porque sua. Mãe, disse ela: dê-me a toalha!
2. O pastor come. Grama, a ovelha pasta.
3. João foi para casa comer. Maria, sua mulher, depois foi ao shopping.




O TESTAMENTO


Um homem rico, sem filhos, muito enfermo num leito de hospital, sentindo
que estava prestes a morrer, pediu papel e caneta e escreveu um bilhete que seria seu testamento. Não teve tempo de pontuar. Morreu. Eram quatro os concorrentes à fortuna. O advogado tirou quatro cópias e deu uma para cada possível beneficiário. Cada um, claro, tentou tirar proveito da situação. Faça, abaixo, a pontuação adequada do ponto de vista de cada concorrente!

Chegou o sobrinho e fez estas pontuações em sua cópia:

“ DEIXO MEUS BENS À MINHA IRMÃ NÃO AO MEU SOBRINHO
JAMAIS SERÁ PAGA A CONTA DO MECÂNICO NADA DOU
AOS POBRES “

A irmã do falecido chegou logo em seguida e pontuou sua cópia assim:


“ DEIXO MEUS BENS À MINHA IRMÃ NÃO AO MEU SOBRINHO
JAMAIS SERÁ PAGA A CONTA DO MECÂNICO NADA DOU
AOS POBRES “

Apareceu também o mecânico e logo pontuou:


“ DEIXO MEUS BENS À MINHA IRMÃ NÃO AO MEU SOBRINHO
JAMAIS SERÁ PAGA A CONTA DO MECÂNICO NADA DOU
AOS POBRES “

De repente entraram os pobres da cidade. Um deles mais sabido, tomou a cópia e resolveu pontuar assim:

“ DEIXO MEUS BENS À MINHA IRMÃ NÃO AO MEU SOBRINHO
JAMAIS SERÁ PAGA A CONTA DO MECÂNICO NADA DOU
AOS POBRES “


E então, conseguiu pontuar? Vamos conferir suas respostas?


Sobrinho:

DEIXO MEUS BENS À MINHA IRMÃ NÃO. AO MEU SOBRINHO.
JAMAIS SERÁ PAGA A CONTA DO MECÂNICO. NADA DOU AOS POBRES.”

Irmã:

“ DEIXO MEUS BENS À MINHA IRMÃ. NÃO AO MEU SOBRINHO.
JAMAIS SERÁ PAGA A CONTA DO MECÂNICO. NADA DOU
AOS POBRES. “

Mecânico:

“ DEIXO MEUS BENS À MINHA IRMÃ NÃO. AO MEU SOBRINHO
JAMAIS. SERÁ PAGA A CONTA DO MECÂNICO. NADA DOU
AOS POBRES. “

Pobres:

“ DEIXO MEUS BENS À MINHA IRMÃ NÃO. AO MEU SOBRINHO
JAMAIS. SERÁ PAGA A CONTA DO MECÂNICO NADA. DOU
AOS POBRES. “

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Funções da Linguagem

Segundo a Teoria da Comunicação, toda mensagem tem uma finalidade predominante que pode ser a transmissão de informação, o estabelecimento puro e simples de uma relação comunicativa, a expressão de emoções, e assim por diante. O conjunto dessas finalidades tem sido entendido sob o rótulo geral de funções da linguagem. O lingüista russo Roman Jakobson, propôs, em 1969, um modelo explicativo para o processo de comunicação verbal baseado em seis fatores:



1. FUNÇÃO REFERENCIAL OU DENOTATIVA

Dá ênfase ao contexto. O objetivo da mensagem é a transmissão de informação sobre a realidade ou sobre um elemento a ser designado. Aponta para o sentido real das coisas e dos seres. O trecho a seguir, com um conteúdo essencialmente informativo, exemplifica essa função.

“À noite, vemos a lua no céu”.

“Minúsculas lâminas de ouro encontradas em sítios arqueológicos na Escandinávia permitem que se saiba mais sobre a vestimenta, os cortes de cabelo e as práticas religiosas dos vikings”.


2. FUNÇÃO EMOTIVA OU EXPRESSIVA

Dá ênfase ao emissor. O objetivo da mensagem é a expressão das emoções, atitudes, estados de espírito do remetente com relação ao que se fala.

“ Que lua maravilhosa!”...

“ Estou desesperado e sem saber o que fazer. Sem comida e sem água, todos estão doentes e não consigo sair da tenda”.



3. FUNÇÃO CONATIVA OU APELATIVA

Dá ênfase ao receptor. O objetivo da mensagem é persuadir o destinatário, influenciando-o.

“O Brasil vive um momento ideal para que os planos se tornem ações e as teorias partam para a prática. Cada brasileiro comprou para si a briga contra a fome. E o povo brasileiro conta com o apoio da sua empresa nessa luta.
Esta é a hora de mostrar sua responsabilidade social para com as comunidades mais carentes. Alimentar o Brasil é trabalho para um país inteiro. Mãos à obra.”


4. FUNÇÃO FÁTICA OU DE CONTATO

Dá ênfase ao contato entre o emissor e o receptor. Visa a estabelecer, prolongar, ou interromper a comunicação e serve para testar a eficiência do canal.

“Alô, alô, astronautas. Vocês conseguem me ouvir?”

- Juca!
- E aí, meu...
- Beleza?
- É isso aí, mano!


5. FUNÇÃO METALINGUÍSTICA

Dá ênfase ao código. O objetivo da mensagem é falar sobre o própria linguagem. Consiste numa recodificação e passa a existir quando a linguagem fala dela mesma. Serve para verificar se emissor e receptor estão usando o mesmo repertório. Um exemplo evidente são as definições de verbetes encontrados nos dicionários.

“Lua: é o satélite natural da Terra.”

“Metalinguagem: linguagem que serve para descrever ou falar sobre uma outra linguagem, natural ou artificial.”


6. FUNÇÃO POÉTICA

Dá ênfase à mensagem. Aqui, a mensagem é mais centrada como fim do que meio. Opõe-se à função referencial porque nela predominam a conotação e o subjetivismo.

“A lua era um desparrame de prata.”

“Solidão é uma ilha com saudade de barco.”


Nos poemas, é muito freqüente a manifestação da função poética da linguagem. Ela também pode aparecer nos jogos de linguagem, nas propagandas.

OBS: É importante lembrar que uma mesma mensagem pode ter diferentes funções. Nesses casos, cabe identificar sua função principal, pois sempre há predominância de uma função sobre as demais.


EXERCÍCIOS

Identifique a função predominante nos trechos a seguir.

A) - Bom dia!
- Bom dia... ( Fática )


B) “Compre tecidos nas Casas José Araújo, onde quem manda é
o freguês!” ( Conativa/Apelativa )

C) “Ilha é uma porção de terra cercada de água por todos os lados.”
( Metalingüística )

D) “Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente”.
( Poética )

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Elementos da Comunicação

1. FONTE: é a origem da mensagem. Ao enviar um telegrama, será fonte o redator do mesmo.

2. EMISSOR: é quem envia a mensagem através da palavra oral ou escrita, gestos, expressões,desenhos etc. pode ser também uma organização informativa, como rádio, TV, estúdio cinematográfico. Ao enviar um telegrama, será emissor o telegrafista que codifica a mensagem.

3. MENSAGEM: é o que a fonte deseja transmitir, podendo se visual, auditiva ou audiovisual. Serve-se de um código que deve ser estruturado e decifrado. É preciso que a mensagem tenha conteúdo, objetivos e use canal apropriado. Num telegrama, por exemplo, a mensagem é o texto.

4. RECEPTOR: é um elemento muito importante no processo. Pode ser a pessoa que lê, que ouve, um pequeno grupo, um auditório ou uma multidão. Ao recebedor cabe decodificar a mensagem e dele dependerá, em termos, o êxito da comunicação. Temos que considerar, nesse caso, os agentes externos que independem do recebedor ( ruídos e entropia ). Ao enviar um telegrama, o recebedor será o telegrafista que decodifica a mensagem.

5. DESTINO: pessoa ou pessoas a quem a mensagem é dirigida. Ao ser enviado um telegrama, por exemplo, o destino será o destinatário.

6. CANAL: é a forma utilizada pela fonte para enviar a mensagem. Ele deve ser escolhido cuidadosamente, para assegurar a eficiência e o bom êxito da comunicação. O canal pode ser Natural, quando são utilizados os órgãos sensoriais. Tecnológico Espacial, quando leva a mensagem de um lugar para o outro, como o rádio, telefone, TV, fax, internet. Tecnológico Temporal, quando transporta a mensagem de uma época para outra, como os textos, livros, discos, fotografias, fitas gravadas.


7. CÓDIGO: é um conjunto de sinais estruturados. O código pode ser Verbal, quando utiliza a palavra falada ou escrita. Por exemplo, a língua portuguesa, inglesa, francesa. Não-verbal , quando não utiliza a palavra. Por exemplo gestos, sinais de trânsito, expressão facial etc.

8. RUÍDO: é toda interferência indesejável na transmissão de uma mensagem. Exemplo: um borrão na mensagem escrita , uma sirene durante um diálogo etc.

9. ENTROPIA: é a desorganização da mensagem. Durante um ato de comunicação, uma tradução, por exemplo, a mensagem chega truncada, com palavras fora de ordem. Exemplo: Eu menina uma vi.

OBS: Preste atenção, porque, muitas vezes, a fonte coincide com o emissor e o destino coincide com o receptor.


EXERCÍCIOS


De acordo com os textos abaixo, identifique os seguintes elementos da comunicação:


“ Um menino, jogando bola na rua, quebra a vidraça do Sr. Manuel. Furioso, ele grita :
- Moleque danado. Seu pai vai ter que pagar!
O garoto, então, foge em disparada.”

a. Emissor: Sr. Manuel
b. Mensagem: Moleque danado. Seu pai vai ter que pagar!
c. Receptor: O menino
d. Canal: Natural (A fala )
e. Código: Verbal ( Língua portuguesa )

“ Mary saiu cedo para o trabalho e deixou , na porta da geladeira, um bilhete para sua filha Suzy: ‘I Love you, darling!’.

a. Emissor: Mary
b. Mensagem: I love you, darling!
c. Receptor: Suzy
d. Canal: Tecnológico temporal ( a escrita/bilhete )
e. Código: Verbal ( Língua inglesa )